Esta foto vale mais do que mil fundamentações. Mas o ponto de indignação tem uma lógica: são as árvores. Claro que à partida não concordo com o abate indiscriminado de árvores, a não ser por razões de segurança. Mas o meu dilema com esta polémica é de outro teor, não há lugar para a neutralidade por muito objectiva que seja, ou és contra ou és a favor. Ou estás afecto ao executivo da câmara ou estás contra. Ninguém considera a singela hipótese de não estares afecto a nenhuma facção, isso é quase uma heresia. O pressuposto é simples: indignas-te porque fazes parte de algo maior do que tu. A tua opinião pertence a um corpo definido de agitação. Não há lugar para a independência. E isto tem repercussão nos debates que tenho lido. A culpa deste tipo de situação não pertence a ninguém. Se no passado opinaste pela tribo, ficas sem grande autoridade para opinar individualmente. Ou seja, o compromisso político tem um preço, tanto para a sociedade como para o cidadão. Escapar desta lógica é praticamente impossível. A tribo protege e dá significado às tuas ações, mas também nega-te autoridade nos juízos individuais. É um drama e eu assisto a tudo isto incrédulo.
O debate sobre questões de fé e crença religiosa é frequente, já perdi a conta das vezes que assisti ou presenciei esse tipo de debate, tanto de crentes, como de descrentes. Para os segundos, é imperioso passar a palavra, as incoerências dos fiéis, as contradições da fé e os indícios sobre a inexistência da entidade divina. Os primeiros tentam defender-se como podem, tentando alegar que a razão não pode explicar a fé. Não sou teólogo, não me posso expressar com profundo conhecimento de causa, só que ontem li um argumento que aponta o indício forte que Deus não existe, um teólogo pode refutar o argumento com maior acutilância, mas lembrei-me que mesmo não conhecendo a teologia o argumento pode ser refutado. O argumento sintético é o seguinte: 1) Se Deus existe, deve intervir no mundo para prevenir o mal. 2) Deus não intervém no mundo para prevenir o mal. 3) Logo, Deus não existe. Este argumento parte do pressuposto que Deus é omnipotente, infinitamente bom e omnisciente. Clar
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